A DINÂMICA DA VIDA ATRAI RELACIONAMENTOS


Como a nossa relação com a vida é dinâmica, não é mesmo?! Parece que sempre estamos às voltas com subidas e descidas de sensações, humores e percepções, numa espécie de montanha russa do cotidiano. Bem, esse é o resultado do mundo que nos cerca, daquilo que, de uma maneira ou de outra, estamos coparticipando em nossa experiência humana.
Já ouvimos falar que não vale a pena se envolver com coisas que não nos acrescentem valor, mas como discernir sobre o que é o melhor ou não para a nossa experiência? A verdade é que acreditamos em muitas coisas, até percebermos que aquilo que vemos não é exatamente o melhor em termos de resultado, e assim nos associamos a coisas que povoam nosso mundo com decepções e um conteúdo nada satisfatório.
Essas coisas que mencionamos anteriormente são exatamente o amontoado de bagagem que vai se formando ao longo dos nossos dias, e fica fácil perceber que existe muita coisa misturada, pois, a cada grama de energia utilizada para um determinado fim, parece que uma outra parte da energia se mistura a outros conteúdos, mudando a forma original daquilo que idealizamos em nosso projeto inicial.
Vamos a um exemplo simples?
Muitas vezes criamos expectativas em relação a uma pessoa e depois de algum tempo notamos que tal pessoa não nos trouxe exatamente aquilo que esperávamos ou desejávamos, e assim acontece igualmente com a expectativa de outros em relação à nossa própria personalidade, pois, é possível que, de alguma forma, já tenhamos desmoronado alguns “castelos” dos sonhos alheios.
A ideia aqui não é encontrar um culpado pelo resultado, mas sim assumir responsabilidades em relação à vida, pois é preciso considerar que fazemos parte de toda essa construção que nos cerca, e que diretamente somos responsáveis por boa parte do que ocorre em nosso mundo, e isso é só uma questão de lógica, pois somos dotados da mesma capacidade que todos os outros participantes dessa grande teia de relacionamentos.
Isso nos remete a uma reflexão sobre aquela velha e já batida máxima que diz, “somos responsáveis pelo que cativamos”, então temos que considerar que essa frase ditada por Antonie de Saint-Exupery parece indicar que, para tudo e todos que conquistamos, temos a responsabilidade por preservar seus valores, sentimentos, respeito, integridade, etc., mas isso vai além, pois o “cativar” nada mais é do que uma  força de atração que permite que o outro acesse o nosso mundo com tudo aquilo que a pessoa tenha conquistado ao longo da sua vida, uma bagagem que passa a fazer parte do nosso mundo pessoal, a qual pode ter um peso que não sabemos se será suportável para as nossas forças.
Assim fica fácil perceber que não se trata somente de “atrair” ou “cativar” coisas que nos sejam interessantes, como também não é só por uma questão de se valer daquilo que pode ser mais proveitoso para a nossa experiência num determinado momento de conquista.
Podemos não compreender ou até mesmo não aceitar, mas a vida é regida por Leis infalíveis, por isso quando atraímos algo para o nosso círculo pessoal, não importando exatamente do que se trata, compreenderemos que, de alguma forma, geramos uma determinada “força” energética, a qual tem a capacidade de se movimentar e produzir algum resultado. No Oriente muitas correntes filosóficas afirmam que há a Lei dos semelhantes, a qual indica que determinada força sempre atrairá aquilo que lhe for igual.
Trocando tudo isso em termos mais simples, podemos dizer que o que lançamos para fora a partir do nosso “centro-gerador” (pensamento e sentimento), na medida em que está circulando por ai, no mundo afora, pode se carregar com coisas que não são exatamente aquilo que mais desejamos, mas que, por uma questão de forças semelhantes serão atraídas e integradas entre si. Isso pode significar que, sentir raiva, ódio, inveja, ciúmes, mágoa, e assim por diante, sem que haja um controle apropriado ou acompanhamento especializado desses sentimentos, poderá resultar numa descarga desnecessária e em momentos nada favoráveis.
É assim que muitos relacionamentos acontecem dentro da nossa dinâmica diária, não importando se estamos falando sobre áreas da vida como o trabalho, família, o social ou a vida íntima, pois é em cada um desses setores de atração e repulsão que formamos nossas cargas emocionais, e quando notamos já estamos com um acúmulo tamanho que para realizar o simples passar de um dia se torna algo quase insuportável.
A leveza da dinâmica não acontece por mágica, pois a exigência está na nossa disciplina pessoal, no olhar sincero em relação ao que realmente desejamos, na singularidade que muitas vezes nem sequer conhecemos em nós mesmos, e tudo isso forma uma potência que atrairá aquilo que conhecemos como sendo a nossa vida tão corrida e muitas vezes difícil de lidar. Mudança não é simples, mas é possível, por isso que para mudar as possibilidades é necessário se conhecer um pouco mais, dar-se a oportunidade de experimentar novas formas de pensar e sentir sobre o que eu sou e sobre o que as pessoas têm sido para mim.
Se eu não sei por onde começar, uma dica é olhar primeiro para os próprios sentimentos que eu tenho sobre o que são os meus dias e como percebo os resultados que eles me trazem, e então terei uma dimensão do quanto eu consigo verdadeiramente dar conta de promover uma mudança, isso se ela realmente for necessária, ou quem sabe somente promover alguns ajustes que não sejam tão radicais, mas se eu noto que a vida não passa de um amontoado de sensações difíceis principalmente dentro do meu  mundo de relacionamentos e que eles pouco mudaram ao longo do tempo, então é evidente que eu preciso de ajuda, e aí entra o que citamos como a assistência especializada, como as terapias e os profissionais da psicologia, abrindo a possibilidade de me organizar mentalmente e emocionalmente aos aspectos que, inconscientemente, eu tenho atraído ou conquistado na minha tão conturbada dinâmica de vida.


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